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Resenha de "A Escolha", de Kiera Cass

  • thatiisr0
  • 16 de mai. de 2014
  • 5 min de leitura

Título: A Escolha

Título Original: The One

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

ISBN: 9788565765374

Gênero: Ficção/Fantasia

N° de páginas: 352

Obs importantíssima: Prometo a vocês que selecionei trechos bem legais que dão apenas pistas (e não spoilers) acerca dessa obra fantástica.

Falar da trilogia "A seleção" é uma tarefa bastante difícil. Falar especificamente do último livro da série, "A Escolha", é ainda mais. Tenho motivos bastante contundentes para isso. Além de estar previamente ansiosa pelos acontecimentos do livro, eu precisava aceitar um fato: uma das minhas trilogias preferidas chegava ao seu final!

Andei lendo muitas críticas por aí e... Vamos combinar uma coisa? O ditado diz que a ordem dos fatores não altera o produto, mas eu digo que nesse caso, altera e muito. "A seleção" não é uma distopia romântica; e sim, um romance distópico. Faz toda a diferença, vocês não acham? Para mim a Kiera criou um romance onde a situação política é apenas um pano de fundo e não o tema principal. Tendo esclarecido isso, prossigamos...

Recebi o livro na quarta-feira, dia 14/05, e nesse mesmo dia comecei a lê-lo. E nesse mesmo dia terminei. E como seria diferente? Kiera Cass, com sua já conhecida fluida forma de escrever, criou um desfecho envolvente, sedutor e eletrizante. Apesar da correria do dia-a-dia, ignorei os familiares e todo o resto do mundo e foquei apenas no bendito livro. Tenho a sensação de que em "A Escolha" nenhum capítulo é perda de tempo. E é exatamente por esse motivo que você não consegue soltar o livro nem por um minuto. Porque um capítulo leva ao outro; uma página leva a outra; uma palavra leva a outra. Parece até loucura!

Maxon e America, nesse livro, vivem uma engraçada - e irritante - disputa de "fala você primeiro". Vocês sabem o que isso significa, não é? Nenhum dos dois consegue ser o primeiro a dizer "eu te amo" e isso acaba por estender um pouquinho mais A Elite. Os dois tem motivos fundamentados para isso, nós sabemos bem, mas dá raiva mesmo assim. E tem também o temperamento difícil da America, que nos faz amá-la e odiá-la numa proporção quase igual.

"- Há outras garotas aqui. Se você está tão preocupado com a sua única chance, talvez devesse garantir que não vai desperdiçá-la comigo."

"- Estou cansado de brigar com você, America - Maxon desabafou baixinho. Levantei a cabeça e percebi que estava sendo sincero. - Acho bom discordarmos; na verdade, essa é uma das coisas de que mais gosto na nossa relação. Mas não quero mais discutir. Às vezes tenho um pouco do temperamento do meu pai. Luto contra isso, mas é verdade. E você... - disse, com um sorriso nos lábios. - Você fica impossível quando está nervosa!"

Nesse livro há várias surpresas positivas. Uma delas - e a mais feliz de todas, para mim - tem nome: Georgia. Você deve estar se perguntando: quem é essa? Nós, leitores, já a conhecíamos, só não sabíamos seu nome. Georgia aparece na vida de America durante uma das invasões dos rebeldes nortistas ao palácio. É ela quem passa por America e lhe faz uma reverência. Georgia, apesar das poucas falas, nos agracia com seus pensamentos sábios.

"- E daí? Não importa o que você pensa do seu caráter. Só importa o que você faz com ele."

"- Não desejar a coroa talvez a torne a melhor pessoa para usá-la."

Outra surpresa agradável, PASMEM, é a Celeste. Sim, a vaca da Celeste, que nos livros anteriores aprontou um bocado e dificultou bastante a vida das suas concorrentes.

"Procurei de onde vinha o som e encontrei Celeste, abraçando os joelhos contra o peito, sentada no amplo parapeito da janela. A cena me fez sentir desconfortável imediatamente. Celeste não chorava. Até aquele momento, eu duvidava inclusive de que ela fosse capaz."

Daí em diante, America e Celeste desenvolvem uma espécie de amizade e a gente percebe que a Celeste, apesar dos pesares, é divertidíssima e pode ser muito leal.

Outro personagem muito leal é Aspen. Sim, deixem-me contá-los que do meio do livro em diante, fica óbvio que o soldado Leger compartilha de uma opinião, se não igual, muito parecida, a da nossa querida America em relação ao amor dos dois. Mas ainda assim ele continua lá, pronto para dar a sua vida por ela.

America Singer - nossa queridinha - está determinada a se provar a altura do príncipe Maxon, apesar das opiniões e grosserias do Rei Clarkson. Preciso confessar uma coisa para vocês: o livro acabou e eu ainda não sei o que a nossa adorada Rainha Amberly via naquele homem. Mas, deixemos isso de lado. Voltando a nossa garota de cabelos ruivos... Ela é espontânea e como a Georgia mesmo falou: "Você, mais que as outras, faz o que é certo antes de pensar nas consequências para si mesma." É assim que America tem ideias brilhantes a favor do seu povo. E é graças a essas ideias que America vai para o topo, tornando-se um farol para a população, uma luz no fim do túnel.

O pai da America, por quem sempre fui apaixonada, se mostra muito mais do que podíamos imaginar. Nesse livro, ele é o responsável por me fazer chorar um oceano inteiro.

"Meu pai era um rebelde. Um antigo livro de história em seu quarto (... vou pular essa parte para não dar spoilers) uma filha chamada America. Se tivesse prestado atenção, teria descoberto anos antes."

Maxon continua sendo... Maxon. Um garoto, que apesar das dificuldades da vida e do seu pouco conhecimento acerca do amor, é doce e encantador.

"Por fim, meu choque foi quebrado por uma gargalhada. Apesar de todo o meu terror, Maxon não podia estar mais relaxado. De fato, ele parecia feliz por ser flagrado, e sua voz soou até um pouco orgulhosa:"

Além disso, apesar da genética fazê-lo herdar alguns genes do seu pai, Maxon é com certeza um homem muito mais nobre e justo. As pessoas veem nele a esperança de uma Illéa melhor.

Há, nesse livro, muito fatores tristes. Muitos mesmo. Mas Kiera soube dosar um pouco de bom humor e irreverência nas horas certas.

"Então fui até seu quarto para borrifar seu perfume no meu lenço; outro truque bobo para ter a sensação de que você está aqui. Quando eu estava saindo do quarto, Mary me pegou no flagra. Não sei o que ela queria, já que você não estava. Mas ela me viu e soltou um grito agudo. Um guarda veio correndo para ver o que tinha acontecido. Ele estava pronto para atirar e seus olhos brilhavam, ameaçadores. Quase fui atacado. Tudo porque senti falta do seu cheiro."

O final da trilogia, em minha opinião, está a altura dos outros livros. Nele é possível conhecer um pouco mais sobre as outras finalistas da Elite. É possível vislumbrar dias melhores e sonhar acordado. É possível se emocionar, se desesperar e ainda assim suspirar. Para mim, o mais encantador na escrita da Kiera, é que enquanto eu leio suas palavras, um filme se desenrola em minha mente. Não há buracos. Eu visualizo a mansão da família real e conheço cada um dos seus cômodos. Sei como é o jardim e como são os muros. Conheço, fisicamente, cada um dos personagens. A escrita da Kiera me leva para um mundo de fantasia incrivelmente real, quase palpável. É como se eu estivesse lá.

Seu casal protagonista, America e Maxon, é um casal ajustado e bastante próximo da realidade. Eles não são perfeitos, mas...

"Ele me amava. Ele me amava de verdade. E eu o amava. Apesar de tudo que poderia ter nos afastado - nossas castas, nossos erros, o mundo à nossa volta -, éramos feitos um para o outro."

FIM! <3

Esse não é o fim do livro, ok pessoal? É só o fim da resenha! Como prometido, nada de trechos 'spoliáticos' (sim, eu acabei de inventar essa palavra). Vocês já leram? Estão lendo? Adoro saber suas opiniões, portanto, não esqueçam de deixá-las.

Beijo grande,

Thati.


 
 
 

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THATI MACHADO

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Thati Machado é escritora, blogueira, youtuber e design nas horas vagas além de uma grande apaixonada por YA's e distopias. Possui quase dois milhões de leituras no Wattpad e é conhecida por suas histórias cheias de representatividade. Além dos vários livros independentes, publicou "Poder Extra G" pela Astral Cultural e escreveu "Liberdade Comprometida" para a antologia "Mundos Paralelos" da editora Abril. Thati já foi tema de jornais como O Globo e o Fluminense, além de ter sido destaque no portal G1. Também já participou de programas como o Sem Censura e é o primeiro nome confirmado na segunda temporada das LitGirlsBr. 

RITA FLÔRES

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Rita Flôres  é professora de idiomas e literatura, formada pela Universidade Federal Fluminense. Escreve desde os 14 anos, mas só resolveu mostrar seus escritos em 2013, quando achou que sua imaginação deveria ganhar o mundo. Cantora, desenhista, blogueira, tem um envolvimento profundo com as artes. Ama cães, crianças, trabalhos voluntários e música. Seu sonho é ter uma livraria com um cantinho onde se possa ler para crianças.

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