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[RESENHA] SILO, DE HUGH HOWEY

  • thatiisr0
  • 13 de jun. de 2014
  • 4 min de leitura

Título: Silo

Título Original: Wool

Autor: Hugh Howey

Editora: Intrínseca

ISBN: 9788580574739

Gênero: FIcção

N° de páginas: 512

Essa resenha não contém spoilers.

Olá amados, como estão? Hoje venho trazer a resenha de Silo. Terminei a leitura do livro na última terça-feira, mas, confesso, estava protelando o momento de começar a resenha... Vem conferir o que eu achei do livro!!

Hugh Howey criou, em Silo, um universo distópico rico, detalhado e genial. Em um mundo pós-apocalíptico, onde a mera exposição ao ar pode ser fatal, um grupo de seres humanos ainda resiste dentro do Silo, um lugar subterrâneo cercado de mentiras.

"O segredo era uma droga poderosa."

O Silo possui 144 andares e é dividido em 3 seções de 48 andares. Cada seção é responsável por algum trabalho fundamental para a sobrevivência do local. Como vocês podem imaginar, para percorrer todos os 144 andares do lugar é preciso uma longa viagem. As pessoas dentro do Silo estão tão unidas quanto separadas. Bem como a comunicação. É quase impossível estabelecer uma comunicação entre pessoas que vivam distantes, já que o custo dos e-mails são propositadamente muito caros, e enviar uma informação através de um portador além de requerer tempo, requer dinheiro e confiança.

"E ela soube que estava certa sobre o preço do envio de e-mails: eles não queriam que as pessoas conversassem. Pensar, tudo bem; os pensamentos são enterrados junto com quem pensou. Mas nada de se reunir, nada de grupos coordenados, nada de troca de ideias. (...) E quem os questionaria? Quem arriscaria ser mandado para a limpeza?"

Se existe algo que atormenta os moradores do Silo, é a limpeza. Ir para a limpeza significa ser exposto ao ar letal do lado de fora. Existe uma pergunta que paira pela história: "por que todas as pessoas que são condenadas a limpeza realmente limpam os vidros do Silo? Se elas estão condenadas a morte, por que limpar?" Todos os enviados para a limpeza jamais deixaram de fazê-la, mesmo quando diziam que não a fariam. E então, Juliette é a primeira enviada para a limpeza com algum prévio conhecimento sobre a verdade tão bem escondida entre as paredes do Silo. E Juliette, com seu conhecimento e suas atitudes, causa uma revoluação dentro do lugar que costumava chamar de lar... Porque uma única coisa pode levar o Silo às ruínas: as ideias!

"— Ideias são contagiosas, Lukas. Isso é o básico da Ordem. Você sabe."

Os personagens de Hugh Howey são muito bem construídos. A história é bem amarrada, não existe nada que não se encaixe ou não faça sentido. A escrita de Hugh é inteligente e brilhante. Silo é um livro maduro, cheio de conhecimento técnico e reflexões. E apesar de tudo isso, não gostei do livro. Sei que a minha opinião diverge da maioria e que talvez me crussifiquem por isso, mas apesar de todos os fatores incríveis, a narrativa do autor não me agradou.

O livro, que é narrado em terceira pessoa, tem o foco alternado entre diversos personagens. No início do livro o foco está no passado de Holston. No quarto capítulo o foco continua em Holston, mas no presente. A partir do capítulo 8, Jahns passa a ser o foco da narração e assim permanece até o capítulo 16. E acreditem, até aí mais de cem páginas já se passaram e pouca coisa acontece. A narrativa é lenta e desestimulante. No capítulo 17, Juliette, a protagonista, finalmente passa a ser o foco do narrador. A narrativa com foco nela começa no presente, em seguida volta alguns dias e depois retorna para o presente. Eu, que não sou muito fã de narrativas intercaladas, achei que a partir daí Juliette seria o foco da narração, mas não é bem assim. Outros personagens começam a ter capítulos onde eles são os focos: Bernard, Lukas, Walker, Knox, e por fim a narrativa se alterna entre os Silos 17 e 18.

Sou uma pessoa dinâmica e ansiosa, alguns capítulos de Silo foram tortuosos para mim. Porque eu lia o mesmo momento acontecendo em lugares diferentes. E aí, quando a narrativa voltava para um determinado personagem, eu não sabia direito onde havia parado a história dele, especificamente. Além disso, a longa viagem pelos andares do Silo poderia ter sido longa apenas na história, mas não, ela é longa também nas páginas. Houve um capítulo inteiro para a descida de um único andar!!! Então é só por causa disso, que apesar do Silo ser tão brilhante, ele é (para mim) também bastante monótono e arrastado. Para quem é fã de narrativas minuciosas e inteligentes, com certeza Silo será um prato cheio!

"Melhor se unir a um fantasma do que ser assombrado por ele. Melhor não ter vida do que ter uma vida vazia..."

Preciso dizer também que achei o casal principal um pouco forçado. É entendível que rola uma química desde o princípio, mas sei lá, acho que não houve tempo para o sentimento tomar proporcções tão intensas. Nesse livro o universo criado pelo autor é o foco, o romance quase não tem destaque. É uma escolha boa, no entanto, acho que se não havia tempo para desenvolver um romance, era melhor que ele não fosse desenvolvido.

A capa do livro é linda. A driagramação é boa e a leitura nas páginas amarelas é confortável. Alguns erros de digitação e revisão apareceram, mas é coisa boba. A continuação ainda não tem previsão para o Brasil. Na briga pelos direitos cinematográficos a FOX saiu ganhando. Ainda não sabemos se a adaptação será feita para o cinema ou para a TV, o que vocês preferem?

Enfim, essa é a minha humilde opinião. Alguém aí já leu? O que achou? Estou curiosa para saber a opinião de vocês. Beijos e até domingo, com o post especial de mês dos namorados.

"Cada vida desgastava uma camada, e o silo desgastava a vida."


 
 
 

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THATI MACHADO

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Thati Machado é escritora, blogueira, youtuber e design nas horas vagas além de uma grande apaixonada por YA's e distopias. Possui quase dois milhões de leituras no Wattpad e é conhecida por suas histórias cheias de representatividade. Além dos vários livros independentes, publicou "Poder Extra G" pela Astral Cultural e escreveu "Liberdade Comprometida" para a antologia "Mundos Paralelos" da editora Abril. Thati já foi tema de jornais como O Globo e o Fluminense, além de ter sido destaque no portal G1. Também já participou de programas como o Sem Censura e é o primeiro nome confirmado na segunda temporada das LitGirlsBr. 

RITA FLÔRES

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Rita Flôres  é professora de idiomas e literatura, formada pela Universidade Federal Fluminense. Escreve desde os 14 anos, mas só resolveu mostrar seus escritos em 2013, quando achou que sua imaginação deveria ganhar o mundo. Cantora, desenhista, blogueira, tem um envolvimento profundo com as artes. Ama cães, crianças, trabalhos voluntários e música. Seu sonho é ter uma livraria com um cantinho onde se possa ler para crianças.

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