[MÊS DOS NAMORADOS] - QUEM É VOCÊ, ALASCA?
- thatiisr0
- 14 de jun. de 2014
- 3 min de leitura
Título : Quem é você, Alasca?
Título Original: Looking for Alasca
Autor: John Green
Editora: Martins Fontes
ISBN : 9788578277192
Gênero: New Adult
N° de páginas : 229
Esse é o segundo de quatro posts, onde o seu comentário é indispensável para a validação na promoção do mês dos namorados, que sorteará dois livros para um único ganhador. Os comentários daqueles que não participarão da promoção também são bem-vindos.
O segundo livro escolhido para o especial de mês dos namorados é nada mais, nada menos que: “Quem é você, Alasca?”. Bom, vamos começar pelos pequenos detalhes. Sim, existem duas capas, já que o livro foi relançado recentemente. Comprei o meu na Bienal do ano passado, e ao contrário da maioria, preferi a capa preta. Novamente contrariando a maioria, digo que achei o nome do livro em português muito mais interessante que o original, “Looking for Alasca” (em tradução literal “Procurando por Alasca”). Acredito que o ponto de interrogação no título do livro exprime grande parte do que a história está prestes a nos revelar: um grande talvez.
Decepcionada com o “Teorema Katherine”, também do John Green, dei mais uma chance para o autor com “Quem é você, Alasca?”. Não me arrependi. Apesar de o personagem principal masculino ser bem parecido com todos os personagens masculinos escritos pelo autor (tímido, impopular, inteligente...) Miles Halter – conhecido ironicamente como Gordo - é diferente, talvez não só por ele, mas também pela garota imprevisível e impetuosa que entra na sua vida: Alasca Young.
"... se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ela, um furacão."
Miles Halter tem uma paixão: colecionar últimas palavras, seja de pessoas famosas ou anônimas. Ele, cansado de sua vidinha medíocre na Flórida e inspirado pelas palavras de François Rebelais, decide cursar a escola preparatória no Alabama, onde fará amigos e terá o prazer de desfrutar de uma vida tipicamente adolescente, regada a bebedeiras, festas, cigarro, garotas...
"François Rabelais. Era poeta. Suas últimas palavras foram: 'Saio em busca de um Grande Talvez.'. É por isso que estou indo embora. Para não ter de esperar a morte para procurar o Grande Talvez."
Não se enganem! O livro não se limita apenas ao universo adolescente, ele também traz reflexões sobre a vida e o seu significado.
“Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.”
Um fato marcante (que não vou contar para não dar spoilers) é quem determina a divisão narrativa: antes do fato e depois do fato. E que ideia brilhante essa do Green, viu?! Porque quando o fato acontece, não é o fim, na verdade, é preciso recriar a maneira de se viver, de se ver as coisas; exatamente como acontece na vida real.
"Chega uma hora em que é preciso arrancar o Band-Aid. Dói, mas pelo menos acaba de uma vez e ficamos aliviados."
Gosto dos personagens desse livro, pois eles são imperfeitos, exatamente como nós. Alasca, que apesar de encantadora é bem problemática, é um prato cheio. Ela é como alguns de nós – secretamente – são. Além disso, Miles também merece créditos. Ele, apesar de ficar um pouco obcecado por Alasca, consegue ver seus defeitos e imperfeições. E tem também o Coronel... Ah, o típico melhor amigo divertido cheio de tiradas sensacionais.
“Não sabia se podia confiar nela e já estava cansado de sua imprevisibilidade – fria num dia, meiga no outro; irresistivelmente sedutora num momento e insuportavelmente chata no outro.”
Apesar de ter lá minhas ressalvas em relação ao autor, “Quem é você, Alasca?” foi uma positiva surpresa. Inclusive acho que ele deveria ser adaptado para o cinema antes de “Cidades de Papel”. Sei que o livro divide opiniões, então por favor, deixem-me as suas. E me digam... Quais atores vocês imaginam interpretando Gordo, Alasca e Coronel? <3
“Eu queria tanto me deitar ao lado dela, envolvê-la em meus braços e adormecer. Não queria transar, como nos filmes. Nem mesmo fazer amor. Só queria dormir com ela, no sentido mais inocente da palavra.”
“Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resultariam das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil."
Até a próxima!
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