[RESENHA] A ILHA DE KANSNUBRA, DE ANDREW ULISSES
- thatiisr0
- 1 de jul. de 2014
- 3 min de leitura
Título: A ilha de Kansnubra e o portal perdido
Autor: Andrew Ulisses
Editora: Novo Século
ISBN: 9788576799290
Gênero: Ficção
N° de páginas: 280
Olá, como estão todos? Hoje a resenha é de um livro nacional! Andrew Ulisses, autor de “A Ilha de Kansnubra e o portal perdido”, é um dos nossos parceiros. Se você não viu o post de apresentação e quer saber mais sobre ele, clique aqui.
O livro conta a história do tímido estudante de dezesseis anos, Garley. Ele sofre o que hoje chamamos de bullying e é alvo das chacotas e agressões dos valentões do colégio. Certo dia, a caminho de casa, Garley encontra um medalhão e é misteriosamente transportado para a mágica Ilha de Kasnubra, situada no Triângulo das Bermudas. Para voltar para casa e retomar sua vida, Garley precisa encontrar o portal perdido, o único meio de sair da ilha, já que o medalhão serve apenas para a entrada na mesma. Com a ajuda de Alix, Jorge, Aldrich, Johnny e Laura, Garley vai adentrar em um mundo de mistério e magia, até então desconhecido para ele.
O livro é destinado ao público infantojuvenil e com certeza é uma excelente escolha para introduzir os jovens no mundo literário. A história de Garley me cativou. Eu fiquei curiosa para saber se ele conseguiria voltar para a sua antiga vida, mais ainda para saber se ele iria querer voltar, já que em Kansnubra ele ganha alguns amigos e descobre ser o Herdeiro, e em sua vida real ele é solitário e sofre agressões constantemente.
“− Sim, Johnny. Mas isso não é algo para elogiá-la. É ótimo que ela saiba se defender. Mas toda situação em que a violência é necessária é uma situação para lamentar.”
O livro tem diversos pontos positivos: A escrita, apesar de ser em terceira pessoa, é fluida e bastante agradável. Perde o ritmo vez ou outra, mas o retoma rapidamente. A capa é bonita e a diagramação é muito boa. Letras grandes e espaçamento ótimo para uma leitura ininterrupta.
Entre os pontos negativos destaco a revisão, que deixou passar alguns erros de digitação e concordância, mas nada muito preocupante. Além disso, não consegui visualizar Garley – e seus amigos – como um jovem de dezesseis anos. Pelo seu comportamento eu diria que ele tem no máximo catorze. Além disso, desde o primeiro momento achei que tinha rolado um clima entre ele e Alix, no entanto, o livro terminou e nada aconteceu entre os dois. Senti falta também de um maior desenvolvimento dos personagens, principalmente na parte emocional. A narração, por vezes, ficou um pouco distante dos personagens.
Andrew é super atencioso e eu fiquei muito feliz com a obra dele. Notei em sua história grandes semelhanças com Harry Potter. A espada escolhe o guerreiro, assim como a varinha escolhe o bruxo. Cartoves, o banco da Ilha, se parece muito com Gringotes, o banco dos bruxos em HP. O mapa encantado, onde é possível ver a localização de qualquer criatura, se assemelha muito ao Mapa do Maroto. Jorge é super medroso e sempre dispara comentários hilários, assim como Ron Weasley.
“− Sim, mas antes você precisa experimentar só mais uma. A espada que vou lhe mostrar é muito famosa, talvez a mais famosa de todas. Ninguém consegue conquistá-la – disse Aldrich, ofegando.
− Espere aí. Ela escolhe o seu dono? – perguntou Garley, franzindo as sobrancelhas.”
Não acho que todas essas semelhanças sejam um problema... Afinal, como não amar e se inspirar no fantástico mundo de magia criado por J.K. Rowling? Acredito que o livro é uma escolha excelente para o público para qual é destinado: o público infantojuvenil. É possível que algumas pessoas mais velhas se frustem um pouco com a leitura, por isso acho importante destacar o público alvo da história.
O livro pode ser comprado diretamente no site do autor. Caso queira adquirir o seu exemplar e incentivar ainda mais a literatura nacional, clique aqui.
Digam-me... Vocês já leram o livro? Já ouviram falar? Quero a opinião de todos, <3.
Comments