PAPO DE ESTANTE COM AIMEE OLIVEIRA - [CIDADE DA PENUMBRA]
- thatiisr0
- 31 de jul. de 2014
- 3 min de leitura
Título: Cidade da Penumbra
Título Original: Crépuscule Ville
Autora: Lolita Pille
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788598708960
Gênero: Ficção
N° de páginas: 304
Oi gente, tudo bom? Como vocês bem sabem, quinta-feira é dia de batermos um PAPO DE ESTANTE. Finalizamos hoje, com a Aimee, a "segunda temporada" do nosso papo, que voltará muito em breve, não se preocupem. O convite está sendo novamente aberto... Se você quiser participar da nossa próxima temporada, nos envie uma mensagem através dessa página com o título PAPO DE ESTANTE. Mais detalhes do convite você confere aqui. Bom, vamos lá. Sei que a Aimee dispensa apresentação, mas vou fazê-la mesmo assim. A Aimee é nossa autora parceira e seu livro é o Pela Janela Indiscreta . Dê um like na FanPage do livro e se quiser saber o que eu achei dele, clique aqui. E antes que eu me esqueça. O nosso TOP COMENTARISTA está rolando, e o prêmio é um exemplar do livro BRUXOS E BRUXAS do James Patterson. Além disso, lá na FanPage está rolando também o sorteio RESENHA PREMIADA, que presenteará um dos nossos leitores com 15 marcadores de página super fofos, um botton de "A garota que você deixou para trás" e um post-it.
E finalmente, vamos a resenha...
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Eu já tinha lido Lolita Pille. Sabia que a escrita dela é bem exótica. Exótica de uma maneira boa, eu acho. Por outro lado, eu não tinha o hábito de ler ficção científica. Nunca li 1984 de George Orwell nem Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, livros com os quais Cidade da Penumbra foi comparado em diversas resenhas que li por aí. Por conta disso, entrar nesse futuro não-identificado numa cidade chamada Clair-Monde, onde o sol não brilha, foi um exercício que me exigiu bastante esforço. E acho que a prosa desconexa da Lolita meio que atrapalhou o entendimento. Em contra partida, as questões que ela quer tratar no livro são fáceis de identificar. A vaidade, o abuso de substâncias, a alienação... Que são basicamente as mesmas coisas que ela questionou em suas outras obras, mas dessa vez com a força que só um mundo fictício pode dar. Nele, os refrigerantes contém um adicional de psicotrópico da sua escolha, as cirurgias plásticas têm o respaldo do Ministério da Aparência e todo mundo anda com a cabeça enfiada em seus respectivos celulares que no livro são chamados de Rastreadores. E ao observar o mundo que temos hoje, não acho que as previsões de Lolita Pille para o futuro estejam tão distantes assim do nosso presente. Esse deve ser o principal ponto positivo dessa leitura, rever os nossos conceitos e modos de vida para não terminar daquele jeito brutal descrito pela autora.
A forma que a autora critica a nossa sociedade através dessa cidade fictícia é bem interessante, da mesma maneira que a construção da cidade também é. Embora tenha demorado metade do livro para eu conseguir visualizar como funcionava a estrutura dela. Com todos os seus departamentos, telas-titãs de anúncios e ruas com nomes de grandes marcas, foi um mapa mental mais difícil de construir do que Hogwarts quando Harry Potter ainda não tinha filme. Um mapa ilustrado teria caído bem, porque as descrições da autora sobre os ambientes foram bem breves.
No entanto, como acho que o objetivo principal do livro era analisar o que há por trás da cidade e não a cidade em si, a Lolita fez um bom trabalho em descrever uma realidade horrível com palavras bem bonitas. Com certeza é uma leitura que eu recomendo, mas não sem uma dose de perseverança para chegar até o final do livro. Aimee Oliveira
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E então, que tal a resenha de hoje? Eu simplesmente adorei. Gosto da escrita da Lolita, mas não sei se estou pronta para encará-la em uma obra de ficção. Algum de vocês já leu? O que achou? Pretende ler? Contem-me tudo!! Beijinhos, até a próxima.
Thati!
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