ENTREVISTA COM LARISSA SIRIANI
- Thati Machado
- 18 de mai. de 2015
- 4 min de leitura
Oi gente bonita! Como vocês estão? Eu estou completamente sem voz. Peguei uma infecção respiratória e na sexta, depois de forçar a voz para conseguir palestrar em mais de dez turmas, acabei perdendo a voz completamente. E gente... Como é chato ficar sem voz, sério. Se não melhorar em mais alguns dias, serei nomeada a rainha das mímicas.
Enfim, indo ao que interessa... Hoje é dia de entrevistar uma amiga de profissão super querida: a Lari. Eu a conheci em um evento literário que aconteceu em Olaria, no mês de novembro, se não me engano. Ela já era amiga da Clara Savelli e da Aimee Oliveira, então acabamos juntas no mesmo círculo de fofocas ao fim do evento, rs. Ela é uma fofa e é impossível alguém não gostar dela logo de cara. Com essa entrevista, vocês poderão conhecer mais um pouquinho sobre o trabalho dela.

Biografia: Nascida em 7 de Maio de 1992, Larissa Siriani é uma paulistana que nunca fez a menor ideia do que queria fazer da vida, até começar a escrever. Realimentando o sonho de infância, começou por contos e pequenos livros, e então dando lugar a estórias cada vez maiores, até decidir que queria realmente ser escritora. Vive na mesma casa em que sempre viveu com os pais, dois irmãos mais velhos e três cachorros, é formada em cinema, e sonha em viajar o mundo, conhecer seu príncipe encantado e encabeçar a lista de bestsellers (não necessariamente nessa ordem). Ela é autora de "As bruxas de Oxford" (confira nossa resenha dele aqui) e "O Coração da Magia". Em breve publicará "Amor Plus Size".
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Quem é a Larissa Siriani além das biografias?
Sou uma pessoa que está começando a descobrir o que é adulta e se multiplica em três empregos. Quando não estou na sala de aula, ensinando inglês, estou em casa escrevendo, ou no set de filmagem, ou na frente do computador editando. Me tornei multifacetada pra poder dar conta das responsabilidades da vida e dos sonhos que eu tinha pra mim. Todo dia, acho que sou várias Larissas.
Como e quando você começou a escrever?
Nem sei se tem uma data específica, faz tanto tempo. Eu devia ter uns 6 anos e comecei fazendo histórias em quadrinhos, porque amava a Turma da Mônica. Depois passei a escrever uns contos pequenininhos, e lá pelos 13 anos estava tentando a sorte com livros mais longos. Fui progredindo naturalmente.
Qual foi a maior dificuldade encontrada por você no meio literário?
Acho que saber onde pisar. Quando eu comecei, ainda não haviam tantas oportunidades, nem tão claras como hoje. Quem não entrava numa editora, não entrava e bau bau. Eu descobri a publicação independente, e dentro disso tive que saber em quem confiar, como dar valor a mim e ao meu livro, como me tornar uma escritora reconhecida sem apoio nenhum... acho que desbravar esse caminho foi a pior parte.
De todas as suas obras, qual é a sua preferida? (será que é possível responder essa pergunta, rs?)

Tenho duas rs. Amor Plus Size é uma das favoritas tanto pelo que ela representa como por ser a mais recente. Tenho essa mania de achar que meu último trabalho foi o melhor de todos, o que não deixa de ser verdade - eu precisei ir melhorando pra chegar até ele. Mas também tenho um carinho especial por O Coração da Magia, porque foi o que levou mais tempo pra ficar pronto. Precisei de cinco anos e mais de oito revisões pra conseguir ficar satisfeita com ele, pra me sentir bem o bastante pra mostrá-lo. Me orgulho muito do que ele se tornou.
O seu mais novo projeto, "Amor Plus Size", será lançado em breve. O que você pretende passar para os leitores com essa obra?
Acho que tanto APS quanto os trabalhos que vem vindo depois dele tem uma certa tendência a "lição de moral". Essas últimas obras são reflexo direto do que eu vivi e aprendi, e quero compartilhar isso com os meus leitores. Quero que um@ leitor@ pegue APS e depois de ler, se lembre do quanto el@, enquanto pessoa, é lind@ e valios@. Quero que o livro lembre todo mundo que julgar não faz bem a ninguém, que todos somos importantes. Quero que ele mude vidas.
Você acredita na existência na gordofobia? Se sim: como aconselharia outros jovens a lidarem com ela?
Ah, sim. Experimento isso desde sempre, há tanto tempo. Acho que a gente precisa primeiro analisar de qual lado da situação estamos: somos as pessoas que escutam e não respondem, ou as que produzem e espalham esse tipo de comportamento? Se formos do time um, então comprometa-se com você, em ser sua própria pessoa, em se amar como você é, e não permita que ninguém te acuse do contrário. Arme-se com bons argumentos e rebata, ainda que educadamente, porque é papel de todo mundo acabar com o preconceito. E se estamos no time dois, faça uma análise fria: por que eu faço esse tipo de comentário? Eu estou pensando realmente no bem estar da outra pessoa? - e nesse bem estar não conta, por acaso, os ferimentos emocionais que as nossas palavras causam? Se não tiver nada de positivo pra dizer, então fique quieto. Aprenda a enxergar o melhor nas pessoas e a julgar menos. Faz bem pra eles e pra você ;)
Encontre a Lari!


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