[RESENHA] REDENÇÃO, M. A. COSTA
- Thati Machado
- 23 de mai. de 2015
- 3 min de leitura

Título: Redenção
Autor: M. A. Costa
Editora: Independente
ISBN: 978-85-66464504
Gênero: Ficção científica; Young Adult
N° de páginas: 242
Sinopse: Caos, ódio e morte voltam a bater à porta da humanidade. No século XXVI, um grupo racista desenvolve uma super bactéria que mata seletivamente. Caberá a Peter Brose, político jovem, influente e bem intencionado, o desafio de salvar a humanidade de sua autodestruição. Entretanto, sua experiência de vida não o preparou para os fatos deploráveis que se seguirão. Legionella, primeiro livro da série Redenção, dá o pontapé inicial nesta trilogia de ficção científica com muita ação, suspense e imaginação. Ao mesmo que o mundo idealizado pelo autor tem a plausibilidade como principal característica, os personagens que nele habitam são únicos, e os caminhos que a obra segue são marcados pelo inesperado. Além de entreter, a obra de M.A. Costa leva o leitor a refletir sobre a essência humana e os caminhos que a humanidade insiste em seguir, apesar de sua privilegiada capacidade de evolução como espécie e de cada um de nós como indivíduo.
xxxx
Apesar de ser grande fã da trilogia Matrix, nunca me aventurei a ler nada de ficção científica. O motivo, sinceramente, eu não sei. Por sorte, Marcelo Costa lançou "Redenção", que com uma capa linda e uma sinopse instigante, acabou me ganhando. Não sou grande entendendora do gênero e portanto não pretendo falar como tal. Espero, nessa resenha, compartilhar com vocês as diversas sensações que me foram causadas por essa obra.
A história é ambientada no século XXVI e a princípio fui tomada pela sensação de que havia um bom futuro à nossa espera. Todos os povos unidos; indíce de criminalidade cada vez menor; fome praticamente erradicada; parece perfeito, não é? Mas nem tudo é o que parece, caro leitor. Em "Redenção" rapidamente somos tomados pela perversidade do ser humano e da sua necessidade de segregar, comparar, diminuir. Uma bactéria que mata seletivamente é criada e uma verdadeira guerra contra o tempo se instaura no mundo.
Com cenáros fantásticos e experiências totalmente futurísticas, Marcelo nos guia por um mundo completamente novo. O Brasil está presente e foi fantástico imaginá-lo sob uma nova perspectiva. O livro é dividido em cinco partes, sendo elas: introdução & cronologia (que funcionam como uma espécie de apresentação ao universo criado pelo autor) + PARTE UM + PARTE DOIS + PARTE TRÊS + EPÍLOGO. Foi do meio da parte dois em diante que a história me pegou de vez.
A história fica ainda mais interessante e frenética com a descoberta dos Metrovinos, seres humanos sensíveis à luz solar, que vivem no subsolo do antigo metrô de Xangai.
Fiquei aflita e esperançosa com o desenrolar dos acontecimentos. A história é narrada em primeira pessoa por Peter Brose, a quem gostaria de ter conhecido um pouco mais. Ele é um especialista em investigação digital e a cada capítulo nos fornece detalhes descritivos sobre tudo que o cerca, mas senti falta de mergulhar nos seus anseios enquanto ser humano. Não é um ponto ruim, de forma nenhuma, mas sempre que entro em uma história narrada em primeira pessoa, busco criar um pouco mais de intimidade com o protagonista, como se ao final fosse arrebatada pela sensação de tê-lo conhecido por uma vida inteira. Se houvesse mais diálogos ao longo da narrativa, talvez Peter e eu tivéssemos nos tornado grandes amigos.

O livro foi impresso através do "Livros Ilimitados", um site onde você encomenda os exemplares sob demanda. Não posso dizer o que foi trabalho deles ou não, mas posso elogiar alguns pontos, como por exemplo, as folhas do livro. Além de amareladas, elas também são de uma espessura surreal. Quando eu passava de uma página para a outra, sempre tinha a sensação de que as páginas estavam grudadas, mas não, elas são bem grossas mesmo. Além disso, os detalhes internos da impressão essão caprichados.
Aos amantes de ficção científica, aqui vai o meu conselho: não deixem de ler esse livro. Aos que, assim como eu, não estão habituados ao gênero: permitam-se. Vocês não vão se arrepender!

Comments