[JOURNAL] RELATOS DE UMA MUDANÇA
- Larissa Pez
- 18 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

Olá pessoas! Thati está super ocupada essa semana e me deixou encarregada de atualizar o blog diretamente na plataforma de edição - cruzando os dedos para não fazer nenhuma alteração indevida. Eu: colaboradora fantasma, quase uma lenda por aqui. Desde minha última aparição, passei por uma mudança meio conturbada, em meio à qual precisei terminar meu TCC - sem internet! - e sobreviver às solenidades que acompanham a conclusão do curso. Lembrando que, no começo do ano, ainda fiz a prova da OAB (e passei o/), então sintam o drama nos meus recentes cabelos brancos. Não foi um semestre fácil!
Enquanto me desesperava entre a vida acadêmica e a adaptação na casa nova, me deparei com uma questão que atormenta muitos amantes de livros: como guardar e transportar nossos filhos? Nesse ponto, adianto que não sou especialista no assunto. Isso não é um manual cientificamente testado, são apenas experiências de uma trajetória nômade que gostaria de compartilhar com vocês para evitar futuros lutos literários.
Na última mudança, meu exemplar de E o vento levou... ficou muito tempo encaixotado e mofou. R.I.P. Larissa! Limpei, passei uma lixa e segui todas as dicas disponíveis na internet, mas não nos recuperamos totalmente (o livro e eu). Dessa vez, quis carregar a coleção inteira no colo para não correr o risco. Não foi possível por motivos de: não sou um polvo. Então me resignei com o fato de que teria que recorrer às caixas novamente e ser criativa.
Adiei ao máximo o inevitável e só guardei os livros na manhã da mudança, depois de uma limpeza minuciosa em cada um deles, em uma mala de viagem e nas caixas. Para isso, usei um pano úmido, que absorve melhor a poeira. Também procurei usar caixas novas, que não estivessem com as arestas desgastadas, para facilitar a vedação. Mas, dada minha experiência fatídica com esse tipo de material, procurei minimizar o contato dos livros e do papelão com um lençol.

LENÇOL? Não seria melhor plástico? Sinceramente, não sei. Certa vez li que o plástico propicia a proliferação de microorganismos indesejados, que ameaçam a integridade física (óbvio) dos livros. Algo sobre umidade e outros fatores que não me recordo, mas me convenceram a passar longe. Então segui minha intuição, vedei tudo com fita adesiva e rezei. Dispensei o caminhão de mudança (quem me garante que teriam o devido cuidado?) e trouxe no carro, junto com as coisas mais delicadas.

A ideia era tirar os livros das caixas o mais rápido possível, mas estou sem móveis (guarda-roupa, estante, armário). Tudo no meu quarto ainda está do jeito que chegou, com exceção da cama e da mesa do computador. Como o apartamento é térreo, não quis deixá-los expostos ao volume inacreditável de poeira que aparece todo dia e os mantive encaixotados - com uma grande dor no coração. E, para ser bem sincera, todo o estresse que passei nesse período acabou deixando essa questão em segundo plano.
Já faz dois meses desde a mudança e só nesse fim de semana tive tempo e coragem para checar a situação. Por sorte, ou não, estava tudo intacto! Nenhuma partícula de poeira, nenhum mofo, nenhuma página amassada. Limpei novamente, deixei os livros "respirarem" e os guardei no mesmo lugar enquanto não compro/ganho uma estante - de preferência, com portas de vidro rs. Uma solução temporária que, até agora, está dando certo.
E vocês? Como costumam guardar e transportar seus filhos?

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