[RESENHA] SUICIDAS, RAPHAEL MONTES
- Thati Machado
- 28 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

Título: Suicidas
Editora: Benvirá
ISBN: 9788564065574
Gênero: Policial
Número de páginas: 488
Sinopse: Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.
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Conheci o Raphael em um evento literário onde ele falou um pouquinho do seu trabalho. Já conhecia um pouco a respeito... Fiquei intrigada com ele. Imaginei encontrar um cara sério e um pouco assustador, mas acabei me deparando com um cara muito engraçado e atencioso. Estava louca para ler Suicidas, afinal, os elogios eram muitos e o título me deixava, no mínimo, intrigada. O livro estava esgotado em diversas livrarias e foi só na Semana do Livro Nacional do Rio de Janeiro que eu consegui garantir o meu.
Não me aguentei e comecei a ler no mesmo dia. Sim, eu ignorei minha lista de leitura e passei Suicidas na frente de todos os outros livros. E bom, eu não me arrependi. Fui apresentada ao Ale. Suijeito bacana! Identifiquei-me com ele em vááários momentos. Ale é escritor e teve seu manuscrito recusado por uma boa editora... Tudo o que ele recebeu foi uma recusa-padrão-educada que deve ser enviada a 90% dos escritores.
Através da narrativa em primeira pessoa, pude conhecer melhor o Ale. E bom, eu o achei muito parecido com o Raphael, o que (até então, pelo menos) era algo bem legal. Eu sentia que estava conhecendo o escritor através de seu personagem (mais tarde, no entanto, eu ficaria apavorada com a ideia).
A história é dividida em três momentos: a vida do Ale antes da roleta-russa, o dia da roleta-russa e um ano depois, quando as mães dos jovens suicidas são chamadas para uma reunião, a fim de entender o que levou seus filhos a fazerem o que fizeram. Durante toda a roleta, Ale escreve seu livro, que contará todos os detalhes do que aconteceu naquela fatídica noite. Mas não dizem que a história sempre tem mais de um lado?
Bom, só posso dizer que o livro me surpreendeu MUITO. O Raphael, através de suas palavras, me despertou emoções intensas e conflitantes. O final foi uma surpresa muito grande, principalmente por conhecê-lo pessoalmente. No dia em que comprei seu livro e nós dois participamos da SLN, eu pedi seu autógrafo e fiquei muito feliz por ele se lembrar de mim e saber meu nome (sou PÉSSIMA com nomes, então eu realmente admiro isso). Quando acabei o livro, no entanto, entrei em pânico e pensei: "que droga, ele sabe quem eu sou!". Resumindo, eu REALMENTE fiquei assustada. E um pouco paranoica também. Fiz algumas pesquisas no google à procura de notícias... Vai que tudo aquilo realmente aconteceu? Eu já não duvidada nem um pouco. Por sorte, não encontrei nada e consegui dormir em paz.
Eu recomendo esse livro a todas as pessoas... Gostando do gênero ou não, tenho certeza que você vai se surpreender!

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