[RESENHA] O GAROTO QUASE ATROPELADO, VINÍCIUS GROSSOS
- Thati Machado
- 13 de nov. de 2015
- 3 min de leitura
Hey, como vocês estão? Hoje é dia de mais uma resenha aqui no NTC... FInalmente, não é? Com tantos afazeres, meu ritmo de leitura nunca foi tão devagar. Isso me entristece porque eu AMO LER, mas estou correndo atrás de um sonho, então a felicidade acaba sendo o sentimento predominante. Antes de começar a resenha: já comprou seu e-book de PODER EXTRA G? Ainda não? Então garanta o seu e participe dos sorteios! A história, que ainda está disponível no wattpad (sem revisão e cenas inéditas, no entanto) já possui mais de 700 MIL leituras. Singular, segundo livro da série, também já está sendo postado na plataforma. Com apenas 12 capítulos, já possui mais de 20 MIL leituras. Venha fazer parte desse time poderoso <3 E agora, que tal falarmos desse novo Young Adult que chegou às livrarias com tudo?

Título: O garoto quase atropelado
Editora: Faro Editorial
ISBN: 978-85-62409-46-2
Gênero: Young Adult
Número de páginas: 272
"Uma história incrível sobre adolescentes que escolheram acreditar no que sentiam. Você vai se emocionar."
(Bruna Vieira)
O segundo livro do querido VInícius Grossos, conta a história de um jovem que, após a perda de seu melhor amigo (isso não é um spoiler, eu juro), começa a escrever um diário para tentar superar o ocorrido. Iniciamos a leitura sem saber muito bem o que aconteceu... Entendemos que houve uma enorme perda e que o protagonista da trama encontra dificuldades para seguir em frente. Ele abandona o colégio, começa a viver de forma reclusa, não tem facilidade para se abrir com sua psicóloga, e escrever um diário parece uma das poucas alternativas para o jovem colocar todos esses sentimentos "para fora" e não enlouquecer.
Em um dos seus passeios de bicicleta pelo condomínio, ele é quase atropelado pela Cabelo de Raposa, uma jovem enigmática que vai virar o mundo do rapaz de cabeça para baixo. A sensação do quase atropelamento faz o protagonista se sentir vivo, como há muito não se sentia. Sem conseguir tirar a dona do Fiat Uno da cabeça, O Garoto Quase Atropelado (que é chamado assim durante toda a trama) a reencontra posteriormente, ao lado de seus inseparáveis amigos: James Dean Não Tão Bonito e A Menina de Cabelo Roxo. Juntos, eles vão viver grandes aventuras, compartilhando os medos e anseios da adolescência.
O livro me encantou de tantas formas que, sinceramente, nem sei por onde começar. Os protagonistas são totalmente problemáticos. De um jeito caótico, sensível e quase poético. Identifiquei-me com todos eles. A obra não conta a vida de pessoas perfeitas, muito pelo contrário, aborda temas realmente sérios com os quais adolescentes do mundo inteiro precisam lidar. Bulimia, abuso sexual, dramas familiares, pedofilia, hipocrisia, a descoberta da sexualidade... Entre muitos outros. O mais bacana é que todos esses temas não são abordados de uma forma didática, mas através de personagens cativantes.
Para mim, um livro só é realmente bom quando me desperta alguma coisa. O Garoto Quase Atropelado me despertou TANTAS coisas, que eu não poderia ter ficado mais feliz com a leitura. Os sentimentos, nem sempre bons, foram intensos do começo ao fim. Sorri, chorei, gritei, fiquei inconformada, quis entrar na história e fazer parte dela...

E bom, o que dizer dos aspectos físicos do livro? A Faro Editorial fez um excelente trabalho. A capa é muito fofa e combina com a história que, apesar de tratar temas densos, o faz de forma leve. As folhas são amareladas e muito grossas. A diagramação e os detalhes ao longo das páginas só me deixaram ainda mais fascinada. Absolutamente tudo nesse livro é harmonioso. Como costumo dizer, um bom trabalho não depende apenas do autor ou da editora, mas da parceria entre eles. O que, nesse livro, fica absolutamente claro.
" (...) todos cantamos a plenos pulmões, e era como o nosso hino − o hino dos corações partidos, dos adolescentes perdidos atrás de um propósito ainda desconhecido."
Dê uma chance à obra e permita se sentir quase atropelado também!

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