[RESENHA] MULHERES GUERREIRAS, FÁTIMA R. C. BRANCO
- Cecília Vieira
- 31 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

Título: Mulheres Guerreiras
Autora: Fátima Rosalina Castelo Branco
Editora: Pandorga
ISBN: 978-8-5617845-5-3
Gênero: Autoajuda
Páginas: 152
Em Mulheres Guerreiras a autora Fátima Rosalina Castelo Branco nos conta sua própria história, sempre se colocando em paralelo à sua mestra, dona Guiomar. Ou Vó Guiomar, como ela costuma chamar. É impossível não se emocionar com algumas passagens, principalmente quando é citada a época da escravidão em nosso país ou nos momentos em que conhecemos mais a história da dona Guiomar, que é um exemplo de pessoa.
Sou uma leitora apegada à ficção, então esse livro foi muito diferente para mim. Mas não de uma maneira negativa, porque o adorei. A sensação que eu tinha, a cada página virada, era a de trocar confidências com a autora. O modo como ela expõe tão abertamente suas dificuldades, conquistas e história de vida me fez achar que estava falando diretamente comigo.

A narrativa é cheia de passagens marcantes. Algumas delas eu levarei para a vida, porque, além de inspiradoras, dão coragem para batalhar por nossos sonhos, mas sempre mantendo o pé no chão e reconhecendo nossas limitações.
“O tamanho de seu cansaço deve ser igual ao tamanho de seu sonho, viu?”
Dividido em capítulos, onde cada um tem um título que remete ao que será abordado, a sensação é de estar lendo um diário que foi dado por alguém que depositou confiança no leitor. Embora seja classificado como autoajuda, acredito que o livro está mais para um relato inspirador. A autora parece tão genuína em relatar a sua vida, que se torna impossível não absorver seus conselhos e querer praticá-los.
Os temas dos capítulos vão da fé aos sonhos, de forma que o leitor reflete suas próprias atitudes a cada página virada. A forma como os assuntos são narrados e o imediato paralelo que a autora traça com as suas experiências, garante a identificação entre o leitor com a autora, já que é inevitável pensar e enfrentar, ao longo da vida, na maioria dos assuntos abordados.
“E a fé é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos na ideia ou fonte de transmissão.”
Por conta da divisão em capítulos curtos e o tom de conversa, a narrativa é bastante agradável. Eu me peguei querendo saber mais da vida dela e da dona Guiomar, para aprender com as experiências das duas. O trabalho da editora está fantástico, a capa muito bonita e na última página é dito que o próximo livro talvez seja um romance. Só sei que independente do gênero que for, quero ler. Tenho certeza que a Fátima Rosalina ainda tem muita coisa boa para compartilhar com o mundo.

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