[FILME] JOY: O NOME DO SUCESSO
- Thati Machado
- 15 de fev. de 2016
- 2 min de leitura

Apesar dos preços cada vez mais exorbitantes, existem alguns atores que fazem você ir ao cinema sem hesitação. É o que acontece comigo quando se trata da Jennifer Lawrence. Sempre fico impressionada com a sua versatilidade. Muitos questionaram a escolha da atriz para interpretar Joy Mangano, mas apesar da pouca idade, Jen me fez acreditar em cada emoção, em cada conquista. Se com seus vinte e poucos anos ela consegue interpretar uma mãe de dois filhos, acredito que não há nada que ela não possa fazer.
O filme, do aclamado diretor David O. Russel, reúne o trio queridinho do momento: Jen, Bradley Cooper e Robert De Niro. A produção conta a história real da empreendedora conhecida por diversas criações. Solteira, com dois filhos e uma família extremamente complicada, Joy deixa seus sonhos de lado para cuidar da casa e dos familiares. É estranho perceber como ela parece o ponto de equilíbrio de todos. É mais estranho ainda ver o quanto ela faz por sua família ainda que ninguém faça absolutamente nada por ela.
Sua mãe (interpretada pela brilhante Madsen) vive deprimida e usa sua novela favorita como fuga da realidade. Ela parece ter desaprendido a viver e coloca todos os seus conturbados sentimentos em cima da filha. Seu pai (Robert De Niro) é um homem inconstante, que também a busca nos momentos mais difíceis. Ela apresenta uma boa relação com seu ex-marido, que apesar de todos os defeitos continua sendo um grande amigo. Sua melhor amiga parece sua irmã, enquanto sua meia-irmã parece sua mais cruel inimiga.

O filme tem pontos muito, muito positivos. Além da brilhante atuação da Jennifer, há uma trama emocionante capaz de arrancar lágrimas e sorrisos. A história real é inspiradora e contribui para o empoderamente da mulher que, apesar de todas as dificuldades, sempre encontra uma maneira de seguir em frente sem precisar ferir ninguém no caminho. Algumas coisas poderiam ter sido mais exploradas, é verdade. O relacionamento de seu pai com a Trudy, por exemplo, aconteceu rápido demais. Não houve tempo para acreditar no nascimento real de um relacionamento. Bradley Cooper, que aparece apenas na segunda metade do filme, poderia ter tido maior destaque. A amizade que surge entre Joy e ele poderia ter sido mais desenvolvida também.
O filme, que foi indicado a diversos prêmios (Oscar, Globo de Ouro, Critic's Choice Awards, Costume Designers, SDG) está em cartaz nos cinemas e merece ser conferido!

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