[RESENHA] TUDO E TODAS AS COISAS
- Thati Machado
- 11 de abr. de 2016
- 3 min de leitura

Título: Tudo e todas as coisas
Autora: Nicola Yoon
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-788-4
Gênero: Ficção norte-americana; romance young adult
Páginas: 300
Olá gente linda ♥ Hoje trago para vocês a resenha de um livro que envolve muito, mas muito amor! "Tudo e todas as coisas" é a primeira obra enviada em parceria com a editora Novo Conceito e posso afirmar, com propriedade, que eles começaram com o pé direito. Apesar da correria que anda a minha vida, levei 3 dias para devorar as 300 páginas da obra e ao final eu queria mais. Mas antes de contar tudo que a história da jovem Madeline me despertou, vou tentar explicar a trama sem revelar spoilers, combinado?!
Em "Tudo e todas as coisas" somos apresentados a Madeline Whittier, uma jovem de 18 anos que sofre de uma doença famosa, um tipo de Imunodeficiência Combinada Grave, mais conhecida como "doença da bolha". Madeline é, basicamente, alérgica ao mundo. E por esse motivo, vive trancada dentro de casa com sua mãe e sua enfermeira. Sua casa se tornou uma espécie literal de bolha. Madeline não sai dela e poucas pessoas, por sua vez, a ingressam. Aquelas que, por ventura o fazem, passam por uma descontaminação e se submetem a processos rigorosos. Mas calma que ainda tem mais!
Madeline nunca foi à escola. Estuda on-line, mantém uma dieta alimentar restrita e nada saborosa, usa roupas brancas, possui um quarto branco e é devoradora de livros (intactos e descontaminados). Seu pai e seu irmão morreram em um acidente quando ela tinha apenas 4 meses de vida, e desde então vive apenas com sua mãe, que também é sua médica. Tudo parece no seu devido lugar, até que uma família conturbada se muda para a casa ao lado. Através da janela de seu pequeno e delimitado mundo, Madeline conhece Olly que, ao lado de sua irmã, tenta fazer uma visita social para os novos vizinhos. A mãe de Madeline agradece, mas recusa a oferta de paz em forma de bolo que lhes fora enviada.

"A segunda Maddy sabe que essa meia-vida pálida não significa viver de fato."
Ainda assim, Madeline e Olly começam a se comunicar através de suas janelas e em seguida começam a conversar pela internet. Desenvolvem, rapidamente, uma intensa conexão, mas é compreensível que a jovem anseie por mais. Com a ajuda de sua enfermeira e sem que sua mãe saiba, Maddy começa a receber o jovem Olly em sua casa. Ele passa por todo o protocolo exigido, mas os dois estão cientes de que não podem se tocar. Isso, no entanto, acaba acontecendo antes do esperado. Estranhamente, Maddy não morre e nem entra em crise. Esse contato se intensifica e Maddy descobre, para além dos livros, como é beijar. Tudo parece bem até que sua mãe descobre, de um jeito nada legal, o que vem acontecendo sem que ela saiba. Ela faz de tudo para afastar os dois, até que um dia Maddy resolve que o pequeno mundo que lhe foi delimitado não é suficiente e que... Bem, agora é com vocês! Leiam o livro e descubram o final dessa obra de tirar o fôlego. Uma coisa eu garanto: o desfecho é sensacional e não deixa a desejar.
"Eu era feliz antes de conhecê-lo. Mas agora estou viva e isso não é a mesma coisa."
Fiquei encantada pela história. Coloquei-me, diversas vezes, no lugar da protagonista. Vocês conseguem imaginar como é viver 18 anos sem sair de casa? Sem conhecer o mundo, fazer descobertas, se apaixonar, se machucar... Absolutamente nada. Um dia igual após o outro. Confesso que comecei a desconfiar do que se tratava no meio da história. E ao final, minha teoria se provou correta, o que, vale enfatizar, foi uma espécie de alívio (apesar da frustração e da raiva).

Os personagens são cativantes (a maioria, no caso), a escrita da Nicola é simples e fluida, as ilustrações ao longo da obra são ótimas, a capa está linda (LINDÍSSIMA, EU DIRIA!) bem como a diagramação. E a editora ainda fez um marcador maravilhoso que combina muuuuito com a história. Se você é fã de young adults com drama e romance, precisa conhecer esse lançamento da Novo Conceito.

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