[RESENHA] LUMINOSO, ALYSON NOEL
- Cecília Vieira
- 6 de mai. de 2016
- 3 min de leitura

Título: Luminoso
Autora: Alyson Noël
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-122-6
Gênero: Fantasia
Páginas: 196
Oi, gente! No segundo livro da Série Riley Bloom, cujo primeiro eu já resenhei aqui para vocês, a leitura dinâmica da autora continua tão presente quanto no anterior. Recapitulando o que aconteceu no primeiro volume, Riley sofreu um acidente de carro com seus pais e Buttercup, seu cachorro de estimação, e todos eles morreram, motivo pelo qual passaram a viver num lugar chamado Aqui & Agora. Lá a "vida" segue normalmente, mas cada um tem a sua função. A dela é ser uma Apanhadora de Almas, ou seja, ela deve ajudar as almas que permanecem presas ao plano terreno a fazerem a travessia para o novo lugar.
Dessa vez a narrativa começa em uma praia. Riley, Buttercup e Bodhi estão de férias, curtindo o plano dos vivos e aproveitando o máximo que podem. Tudo vai relativamente bem e tranquilo até que um cão infernal resolve cruzar o caminho da nossa protagonista. Para qualquer outra pessoa, a simples sugestão da palavra "cão infernal" bastaria como ótima justificativa para correr como se não houvesse amanhã, mas se levarmos em conta que ela é teimosa, cabeça dura e muito curiosa, já temos uma noção que, ao invés de correr da criatura, Riley correu exatamente para ela.
E de nada adianta as justificativas do seu tutor, Bodhi, de que aquela missão não é deles e que, por esse motivo, não podem se envolver no assunto porque essa missão não lhes foi designada. O cachorro leva os dois até o fantasma de uma menina que até parece ser muito inocente, mas a verdade é que ela é a personificação do mal. Com o circo armado, um fantasma possuído pelo ódio e uma história assombrosa, Riley não demora a achar que talvez tenha se metido em algo muito maior do que pode controlar.
“Palavras têm o poder de machucar ou de curar, Riley. Podem ser usadas para pintar várias paisagens emocionais. E muitas vezes são influenciadas, se não distorcidas, por aquele que fala... Não há nada como realmente testemunhar algo para compreendê-lo de uma forma verdadeiramente sua”.

Confesso que eu gostei bem mais desse livro do que do anterior. Nesse temos um só foco durante toda a narrativa, que é a história da menina-fantasma chamada Rebecca. À medida que a trama vai desenrolando e vamos percebendo suas motivações para agir de tal forma, somos envolvidos numa história que, apesar de ter contornos de fantasia, não deixa de ter sido a realidade de muitas pessoas, como a própria autora frisa em uma nota depois do último capítulo.
Eu gostaria muito de dizer que Riley cresceu e aprendeu com o que viveu no volume anterior, mas a verdade é que ela continua impulsiva na mesma medida, o que pode acabar irritando os leitores que não gostam de personagens assim. Eu ainda acho que ela vai mudar de atitude ao longo da série, porém creio que não será algo rápido. Talvez no terceiro já dê para ter um vislumbre disso, porque o gancho para o próximo livro deixa o leitor com um gostinho do que está por vir e quais são as consequências para ela ter se metido, junto do Bodhi, em algo que não lhes dizia respeito.
Mais uma vez a autora aborda temas que são capazes de afligir as mais variadas pessoas, independente de religião, sexo e raça. A necessidade de amor, aceitação e compreensão é tratada de uma forma muito bonita, porque a mensagem que a autora buscou passar vai sendo absorvida pelo leitor ao longo das páginas. O trabalho da editora está impecável e a leitura flui rápida. Mal posso esperar pelo próximo!

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