[RESENHA] DESLUMBRANTE, MADELINE HUNTER
- Cecília Vieira
- 15 de ago. de 2016
- 3 min de leitura

Título: Deslumbrante
Autora: Madeline Hunter
Editora: Leya
ISBN: 9788580449020
Gênero: Romance de época
Páginas: 392
O primeiro livro da série “As Flores Mais Raras”, de Madeline Hunter, é Deslumbrante, um romance de época em que o leitor é apresentado à Audrianna, uma jovem que vive com a prima e mais duas mulheres em uma propriedade no campo após um escândalo ter manchado a reputação de seu pai. Ele, que cometeu suicídio por conta disso, deixou a nossa protagonista, sua irmã e esposa em uma situação difícil, mas Audrianna acredita com todas as forças que ele não é o responsável pelo o que foi acusado e decide comprovar isso por meios próprios. É assim que a história começa.
Nessa vontade de provar a inocência do pai, Audrianna rompe com algumas regras severas da sociedade da época, saindo sozinha e marcando encontros com desconhecidos que ela acredita que serão capazes de lhe ajudar a descobrir a verdade. Num desses encontros é que ela vai conhecer o outro protagonista, Sebastian Sommerhayes, que é irmão do Marquês de Wittonbury, e que também está buscando saber a realidade dos fatos, mas por um motivo diferente do da mocinha.
“A expedição começava a parecer um sonho bizarro. Obrigou-se a acalmar e exigiu que a sua mente recuperasse alguma determinação. Estava ali porque ninguém mais estaria. O mundo havia enterrado o bom nome do pai juntamente com o seu corpo.”
É claro que esse encontro inesperado terá repercussões muito mais inesperadas ainda e até mesmo indesejadas, já que os dois não caem de amores um pelo outro logo de cara, mas acabam tendo seus caminhos cruzados de uma forma que parece ser irremediável. Os dois resolvem trabalhar juntos na empreitada que possuem em comum e a partir daí é que o romance parece começar a desenrolar.
Esse foi o meu primeiro contato com a escrita da Madeline e uma coisa que me chamou bastante atenção foi o fato da autora ser fiel aos detalhes da época. Audrianna é uma personagem forte, mas também não desobedece todas as regras da sociedade em que vive. Mesmo durante a sua jornada em tentar limpar o nome do pai, ela não perde a sua característica de dama de época, reprimida por condutas que ditavam a vida naquela sociedade. Convenhamos, todo mundo adora personagens inovadoras e destemidas, mas sabemos que antigamente não era tão fácil assim encarnar esse “papel”.
O romance também não é o único foco do livro, aliás, apesar de ser bem fofa a forma como eles vão se conhecendo e se encantando um pelo outro. Mesmo depois do envolvimento entre os personagens, não é esquecido o motivo pelo qual eles se uniram, que leva a um desfecho bem inesperado e surpreendente. Isso sem falar nos coadjuvantes da história, como o Marquês, que merecia um livro só para ele por ser um personagem carismático e cheio de facetas que foram me cativando ao longo da narrativa.
“- Nós não nos chamamos Flores Preciosas, sabe. Só o negócio tem esse nome.
- Vocês são todas flores preciosas e eu fiquei com a mais preciosa de todas.”
Pelo o que entendi, os próximos livros da série tratam das amigas de Audrianna, que são conhecidas como Flores Preciosas justamente por morarem no campo, trabalharem com flores e serem reclusas. Todas elas moravam juntas, mas tinham uma regra específica de não se meterem no passado umas das outras, então sabemos muito pouco sobre todas elas. Já dá para imaginar que existem surpresas pela frente, né?

O livro não é pequeno, mas a narrativa é rápida, então dá para ler em pouco tempo. Os poucos erros de revisão não atrapalharam a leitura e a edição está muito bonita, com destaque especial para a capa. Eu, que sou completamente apaixonada por romances de época, coloquei essa autora também na minha listinha para sempre conferir as novidades dela. Quem gosta do gênero, corra para ler. Quem nunca leu ou não gosta tanto assim, aconselho a tentar, nem que seja pelo mistério a respeito do pai da Audrianna. Vale a pena!
Beijos!

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