[CRÍTICA] A BAILARINA
- Thati Machado
- 5 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
A convite da Aliança de Blogueiros - RJ, fui ao cinema assistir à animação "A Bailarina", depois de ter escutado maravilhas da minha sobrinha de oito anos. E bem, minha sobrinha e eu costumamos gostar das mesmas coisas e, dessa vez, não foi diferente. Certa vez, na faculdade de artes cênicas, escutei de uma professora bem rigorosa que o fato de gostarmos de uma obra ou não, não faz a menor diferença. O que importa, de fato, é o que temos a dizer sobre ela. Então, vamos lá!

O filme se passa na França do século dezenove e conta a história da jovem Félicie, uma menina órfã que sonha em ser bailarina. Determinada a realizar seu maior sonho, Félicie e seu melhor amigo, também órfão, fogem para Paris. Para conseguir a tão sonhada vaga no Grand Opera, a protagonista se passa por outra pessoa, que vem a se tornar sua rival. Para se manter em Paris e garantir que não será eliminada do Grand Opera, Félicie contará com a ajuda de uma ex-bailarina que, por conta de um incêndio durante uma apresentação, acabou se tornando faxineira. A animação está belíssima. Senti-me transportada para a Paris do século dezenove e me encantei com os cenários, a riqueza de detalhes, a direção de fotografia... Está tudo lindíssimo. Félicie é uma protagonista encantadora. É claro que, como não poderia deixar de ser, ela acaba cometendo alguns erros ao longo do caminho, mas ela também nos mostra que não podemos desistir dos nossos sonhos e que sempre podemos encontrar amigos que nos ajudem a lutar por eles. Essa é a mensagem principal do filme e eu gostei muito, considerando o público para o qual é indicado.

As reviravoltas e resoluções da trama são previsíveis (pelo menos para os adultos) mas não faz com que a obra perca seu charme e encanto. A paixão da protagonista pela dança é contagiante e chega facilmente até o espectador. Durante mais de uma hora, até eu quis dançar e sair por aí fazendo piruetas (mas, ao contrário da Félicie, tenho, de fato, a delicadeza de um elefante deprimido, sem exageros, rs).
Victor, melhor amigo de Félicie, é um inventor meio bobo, mas bastante carismático. Ele acaba se tornando ajudante do Gustave Eiffel, que está construindo a famosa torre que se tornará símbolo da cidade. Victor, é claro, está ao lado de Félicie nos melhores e piores momentos. Mas será que o sentimento dos dois é apenas amizade?

Aqui no Brasil, quem dubla a Félicie é a Mel Maia e preciso destacar que eu adorei o resultado dessa experiência. A voz da jovem atriz ficou perfeita na nossa aprendiz de bailarina. Se você gosta de animações e de histórias com mensagens bonitas e positivas, não pode perder esse filme por nada, combinado? Assistam e... Desfrutem de Paris!
Au revoir!

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