[RESENHA] A ROSA BRANCA, AMY EWING
- Rita Flores
- 9 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

*Livro cedido pela editora em parceria com a Aliança de Blogueiros - RJ
Título: A rosa branca
Autora: Amy Ewing
Editora: Leya
ISBN: 9788544104415
Gênero: Distopia
Páginas: 320
Antes de começar esta resenha propriamente dita, vamos relembrar um pouco o primeiro livro da série A Cidade Solitária, A Joia.
A Cidade Solitária é dividida em cinco círculos, sendo esses Joia, Branco, Fumaça, Fazenda e Pântano. Violet Lasting nasceu no Pântano e foi escolhida para ser uma Substituta, que é o nome dado à uma garota que porta os Presságios, poderes especiais que lhe faculta a possibilidade de gerar bebês para a mulher da realeza que a “comprou”. A Duquesa do Lago, então, no caso de Violet, que foi viver na Joia, reduto da dita “realeza”.
No primeiro livro, Violet é pega na cama com Ash, um “acompanhante”, nome dado aos garotos que também são levados à Joia para satisfazer aos desejos de mulheres da realeza, garotos de programa de luxo, por assim dizer, e ambos são presos e Ash é torturado e condenado à morte.
Este segundo volume começa com Violet lutando para sair da Joia, levando consigo quem ela ama. Conta com a ajuda de Garnet, o filho da Duquesa do Lago, de Lucien, um homem que é uma espécie de dama de companhia (para isso os meninos são castrados ainda em tenra idade) e começa a conhecer um grupo de resistência “liderado” pelo misterioso Chave Negra, alguém que está disposto a libertar as pessoas da escravidão promovida pela realeza. Ela consegue fugir levando consigo Ash e Raven, sua melhor amiga, que está grávida e em péssimo estado devido às torturas sofridas. Para estarem seguros eles precisam chegar à uma casa especial na Fazenda, chamada Rosa Branca. Ali conhecem Sil, uma ex substituta que sobreviveu ao parto de gêmeos (geralmente as substitutas morrem nos partos e esse é um medo de Violet em relação à Raven), que ajuda Violet a desenvolver seus poderes. Ela descobre que os Presságios são mais poderosos do que ela pode supor e começa, junto aos resistentes, a engendrar um plano para fazer cair a Joia e acabar com as práticas abusivas de servidão, torturas e, se formos analisar bem a fundo, de prostituição.
A editora Leya foi muito feliz em publicar esse título. É uma distopia muito interessante e de uma narrativa muito bem feita. Não é um livro cansativo, havendo muita ação e sendo, em muitos momentos, comovente. A luta de Violet não é, como em alguns títulos que lemos por aí, utópica em absoluto. A autora sabiamente envolveu sua trama em fatos que podemos correlacionar à realidade, como a escravidão, a prostituição, o “uso” de seres humanos como meros objetos, sem lhes dar a possibilidade de alcançar a felicidade.
É uma leitura, certamente, recomendada, com a certeza de que o tédio não tomará conta do leitor.

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